O remake live-action de Lilo & Stitch está se consolidando como um dos maiores sucessos de bilheteria de 2025, ultrapassando a marca de US$ 600 milhões em arrecadação mundial em apenas duas semanas desde sua estreia. Nos Estados Unidos, o filme já soma US$ 280 milhões, com US$ 63 milhões arrecadados apenas no último fim de semana, liderando as bilheteiras durante o feriado prolongado do Memorial Day. Os números impressionam mesmo diante de um calendário competitivo e reforçam a força da nostalgia combinada à estratégia atualizada da Disney para o lançamento.
Originalmente planejado para estrear diretamente no Disney+, o projeto foi relocado para uma estreia exclusiva nos cinemas, tornando-se uma das principais apostas do estúdio no ano. A divulgação foi agressiva e cuidadosamente pensada: trailers exibidos durante o Super Bowl, marketing integrado a produtos licenciados e participações promocionais de personagens em outros conteúdos da empresa ajudaram a consolidar o hype. O sucesso confirma o apetite do público por revisitações de clássicos da era de ouro da animação digital.
A nova versão acompanha Lilo, uma garota havaiana solitária, e sua ligação inesperada com Stitch, um alienígena geneticamente modificado e considerado altamente perigoso pelas autoridades galácticas. A improvável amizade entre os dois transforma suas vidas, enquanto Stitch tenta fugir de seus perseguidores e entender o significado de família. A história, conhecida por abordar temas como abandono, adoção e laços afetivos fora dos padrões convencionais, é mantida com novas abordagens e pequenas atualizações nos personagens e situações.
O elenco traz Maria Kealoha como Lilo, em um papel que já está sendo apontado como revelação do ano. Sydney Agudong vive Nani, a irmã mais velha, enquanto Zach Galifianakis, Billy Magnussen, Courtney B. Vance, Hannah Waddingham, Tia Carrere e Jason Scott Lee completam o time. Chris Sanders, diretor do filme original, retorna para dar voz a Stitch, resgatando o carisma e o humor do personagem com autenticidade.
Apesar do sucesso estrondoso, o filme tem dividido opiniões entre os fãs. Algumas decisões criativas, como a mudança no destino de Nani — que agora vai estudar biologia marinha na Califórnia — foram duramente criticadas nas redes sociais, especialmente por interferirem na estrutura familiar que era o coração do longa original. Muitos fãs sentiram que a essência do “ohana” (família) foi diluída, o que gerou reações intensas e comparações constantes com o desenho de 2002. Em resposta, a procura pela animação original no Disney+ também disparou.
Ainda assim, o desempenho nas bilheteiras e o impacto cultural reascendido posicionam Lilo & Stitchcomo um dos maiores cases de sucesso da nova fase da Disney. É esperado que o estúdio aproveite o embalo para desenvolver sequências ou até mesmo expandir o universo da franquia para séries ou spin-offs. A combinação de nostalgia, apelo familiar e estratégia de marketing agressiva provou mais uma vez que a Disney segue sabendo como transformar histórias antigas em fenômenos contemporâneos.
