Nesta terça-feira (20), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, oficializou a retomada da entrega da Ordem do Mérito Cultural (OMC), a mais alta honraria pública dedicada à valorização da cultura brasileira. Ao lado da Ministra da Cultura, Margareth Menezes, Lula celebrou os 40 anos do Ministério da Cultura em grande estilo, homenageando dezenas de personalidades que deixaram sua marca na história artística do país. O evento foi um reencontro simbólico entre o Estado e a arte, reconhecendo o poder transformador da cultura.
A cantora, compositora, atriz e artista visual Liniker recebeu a honraria no grau de “Cavaleira”, título concedido a personalidades com atuação marcante em suas áreas. A distinção reconhece não apenas sua relevância artística, mas também o peso de sua representatividade no cenário musical e cultural brasileiro. Ela conquistou grande reconhecimento e fama na música com gêneros musicais e identitários, sua arte mistura a essência da MPB com a intensidade da black music e a suavidade do soul. O EP Cru, lançado em 2015, marcou sua ascensão no cenário online e revelou ao público uma voz potente e letras carregadas de poesia. Sua trajetória como mulher trans negra ampliou ainda mais o impacto de sua música, trazendo representatividade e emoção a cada verso.
No instagram, a cantora publicou um agradecimento:
Agradeço imensamente o Ministério da Cultura e direciono meus agradecimentos à nossa Ministra da Cultura, Margareth Menezes, e ao nosso excelentíssimo Presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva, pelo reconhecimento e consideração do meu nome à tamanha honraria e título nacional. Penso que nesses 10 anos dedicados diariamente a construção de uma poesia que me caiba, acabou-se criando um novo imaginário e lugar possível de sonhar. Sendo aluna de escola pública, beneficiada por todos os incentivos direcionados a educação e vida dos governos Lula e Dilma, criada por uma mãe aguerrida e de guerra, que em todas as suas batalhas jamais deixou que meu sonho, ser artista, cessasse. Honra ao mérito cultural, é saber da luta de um povo e conseguir com isso, se ver enquanto nação, e à partir disto, documentar com arte, o que muitas vezes não se diz só com luta. Arte é arte e isso é resistência também, por isso, sou grata em ter me tornado uma artista, profissional brasileira, que onde quer que vá e esteja, levará o Brasil aceso em meu peito e, na minha voz, meu rebento.
