Uma disputa judicial de peso envolvendo um dos filmes mais aguardados do ano tem chamado a atenção no mundo do entretenimento. Os irmãos Shuster, filhos do cocriador do Superman, Joe Shuster, estão processando a Warner Bros, alegando que a empresa não possui mais os direitos autorais da personagem em muitos países.
O processo judicial ameaça adiar a estreia mundial do longa da DC, que está marcada para acontecer em 10 de julho. Desde 1938, a editora DC Comics, pertencente à Warner Bros, possui os direitos autorais da obra de Joe Shuster e Jerry Siegel.
Inicialmente, esses direitos foram vendidos por pouco mais de US$ 130, equivalente hoje a R$ 736. Ao longo dos anos, o contrato de autorização foi sendo reformulado e, à medida que Superman ganhava notoriedade e novas produções, seus criadores tinham sua cota de beneficiação aumentada judicialmente.
Na disputa jurídica atual, os representantes da família Shuster reclamam o retorno desses direitos para seus criadores, alegando que, desde 2017, pelas leis de vários países — entre eles, a Inglaterra — a Warner não possui mais os direitos autorais da personagem e solicitam o adiamento do lançamento do filme nesses países até que tudo se resolva.
A Warner obteve uma primeira vitória nesse embate em abril, quando um juiz rejeitou o pedido de bloqueio do lançamento feito pelos Shusters, alegando que as cortes norte-americanas não tinham jurisdição sobre as leis de outros Estados. A decisão definitiva sobre essa disputa acontece em 4 de junho, em Nova York. Até lá, a estreia do longa segue sendo anunciada.
Sobre Superman
A nova aventura cinematográfica do herói kriptoniano retrata um Clark Kent mais jovem, que está iniciando sua carreira jornalística ao mesmo tempo que também está se descobrindo como Superman. O longa conta com David Corenswet como Superman, Rachel Brosnahan como Lois Lane e Nicholas Hoult como Lex Luthor. A direção fica por conta de James Gunn.