Após quase duas décadas, o torcedor dos Spurs pode voltar a gritar campeão. Em um jogo equilibrado, o Tottenham venceu o Manchester United pela final da Europa League. Em 2008, o Tottenham vencia o Chelsea pela final da Copa da Liga Inglesa; desde então, a equipe não vencia títulos importantes, com derrotas em finais e promissoras campanhas que terminaram em frustrações, como, por exemplo, o vice-campeonato da Premier League em 2016/17 e a derrota na final da Champions League em 2018/19 para o Liverpool.
Entre 2008 e 2025, o Tottenham contou com uma geração talentosa e marcante que encantou individualmente. Ídolos como Harry Kane, maior artilheiro da história do clube, e Son, símbolo de garra e talento, formaram uma das duplas mais artilheiras da Premier League. Antes deles, tivemos Gareth Bale encantando a todos com sua velocidade e gols decisivos. O meio-campo do Tottenham já foi comandado por Luka Modric, que desfilou nos gramados ingleses, e Christian Eriksen, ídolo recente que dominava o meio com sua criatividade. Vertonghen e Alderweireld formaram uma das melhores duplas de zaga da Premier League e garantiram solidez ao goleiro e capitão Hugo Lloris.
A angústia da torcida é de quem vê tradição, competência e desejo ficarem pelo caminho ano após ano, em um limbo, esperando a hora de comemorar sem mesmo saber se ela viria.
E veio: aos 42 minutos do primeiro tempo, após cruzamento de Sarr e a falha de Luke Shaw, Brennan Johnson marcou, e o torcedor spur gritou o gol que estava preso no peito há quase 20 anos. Na segunda etapa da partida, Vicario entrou para a história do clube; com cinco grandes defesas, o goleiro evitou que os Red Devils empatassem a partida, juntamente com Micky Van de Ven, que salvou em cima da linha o gol que seria de Hojlund.
Com o apito final, o torcedor tottenista volta a sorrir, comemora e anseia por dias melhores.