A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Sacramenta, localizada em Belém, enfrenta uma grave crise. Médicos da unidade decidiram paralisar as atividades nesta sexta-feira, 21, em protesto contra a falta de pagamento pelos plantões, a carência de insumos essenciais e a estrutura precária da unidade, que compromete tanto a segurança dos pacientes quanto dos profissionais de saúde.
A medida foi tomada após repetidas tentativas de diálogo com a Secretaria Municipal de Saúde de Belém (SESMA), sem que soluções concretas fossem apresentadas. Os médicos, representados pelo Sindicato dos Médicos do Pará, denunciam o cenário de abandono e alertam para os riscos elevados de trabalho em condições adversas.
Com a paralisação, o atendimento na UPA da Sacramenta será limitado a apenas 30% da demanda, com foco nas urgências e emergências, ou seja, nos casos classificados como laranja e vermelho no protocolo de Manchester. A decisão visa priorizar a vida dos pacientes mais críticos enquanto aguardam uma resposta das autoridades responsáveis.
O Sindicato dos Médicos cobra um posicionamento imediato da SESMA, além da regularização do pagamento dos profissionais e uma série de melhorias estruturais na UPA. A paralisação continuará até que uma solução efetiva seja apresentada, com a expectativa de que as autoridades locais se mobilizem para resolver a situação antes que a crise se agrave ainda mais.