FEMINICÍDIO

PM abre processo disciplinar contra policial suspeito de matar companheira em Belém

Cabo da ROTAM segue preso enquanto corporação avalia sua permanência

 

A Polícia Militar do Pará (PMPA) instaurou um Processo Administrativo Disciplinar para avaliar a expulsão do cabo Wladson Luan Monteiro Borges, suspeito de assassinar sua companheira, Bruna Meireles Corrêa, com um tiro na cabeça. O crime ocorreu na última quarta-feira, 12, dentro de um carro, em Belém. O policial segue preso preventivamente por feminicídio.

O processo foi oficializado por meio da Portaria de Conselho de Disciplina nº 4/2025, publicada no Boletim Geral da PMPA na sexta-feira, 14. Três oficiais foram designados para conduzir a investigação interna, que terá duração inicial de 30 dias, podendo ser prorrogada por mais 20, caso necessário. A apuração busca determinar se o cabo violou o Código de Ética e Disciplina da corporação, que exige respeito à dignidade humana e decoro profissional.

Após o crime, Wladson levou Bruna ao Pronto Socorro da 14 de Março, no bairro Umarizal. No entanto, funcionários da unidade relataram que a vítima já chegou sem vida. Em seu depoimento, o policial alegou que o disparo foi acidental, ocorrido durante uma discussão entre o casal. Contudo, a delegada Ana Paula Chaves, da Divisão Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), disse não considerar essa versão plausível.

Diante da gravidade do crime, a Justiça converteu a prisão em flagrante do suspeito para preventiva, a fim de garantir a ordem pública. O juiz João Augusto de Oliveira Jr. destacou que a soltura do acusado poderia representar um risco à segurança da sociedade.

A PMPA reforçou que adota medidas rigorosas em casos que envolvem crimes cometidos por seus integrantes e garantiu que o devido processo legal será seguido. O feminicídio de Bruna Meireles reacende a preocupação com a violência contra a mulher no estado e reforça a necessidade de medidas eficazes para punir e prevenir esse tipo de crime.

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