Nesta última sexta (5), o ministério da saúde anunciou um edital do programa Mais Médicos com o objetivo de aumentar a atenção para o Sistema Único de Saúde (SUS). Haverá um total de 3.174 vagas, com 3.066 distribuídas entre 1.620 municípios e 108 destinadas a 26 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs), fortalecendo a assistência nas regiões remotas e com maiores vulnerabilidades regionais.
Os profissionais do programa abrangem equipes da Saúde da Família, oferecendo atendimento e acompanhamento mais próximos da população. As informações serão registradas no Prontuário Eletrônico (e-SUS APS), e permite a integração dos dados do paciente, variando entre atenção primária e especializada, incluindo consultas e exames.
"Existe uma importante conexão entre o Mais Médicos, o fortalecimento da Atenção Primária à Saúde, e o nosso esforço contínuo em acelerar o atendimento especializado no SUS, que é uma das principais preocupações da nossa gestão. A atuação integrada desses profissionais, pelo prontuário eletrônico e os fluxos que vão reduzir o tempo de espera do paciente, vai facilitar o acesso à média e alta complexidade para todos os cidadãos”, destaca o ministro da Saúde, Alexandre Padilha
Mais Médicos e assistência médica
As inscrições iniciam-se nesta segunda-feira(5) e vão até dia 5 de maio.As oportunidades estão distribuídas entre três perfis: médicos formados no Brasil com registro no CRM, médicos brasileiros formados no exterior e médicos estrangeiros habilitados. Para os dois últimos perfis, é obrigatória a aprovação no Módulo de Acolhimento e Avaliação (MAAv), um treinamento específico para atuação em situações de urgência, emergência e no enfrentamento de doenças prevalentes nas regiões de trabalho.
No edital, a oferta de vagas do programa considerou um cenário de distribuição de profissionais no país, segundo Demografia Médica 2025. Estudos lançados na última quarta-feira (30/04), mostram a proporção de médicos por habitante nas diferentes regiões do país. Portanto, o programa tem o intuito de atender as areas de maior vulnerabilidade social e com menor número de profissionais.
O Programa Mais Médicos garante assistência a mais de 63 milhões de brasileiros em todo o país. Com a meta de alcançar 28 mil profissionais, atualmente conta com cerca de 24,9 mil médicos atuando em 4,2 mil municípios , representando 77% do território nacional.
Dentre as principais localidades, 1,7 mil têm altos índices de vulnerabilidade social. No final do ano de 2024, o programa alcançou um marco histórico ao registrar o maior número de médicos em atividade nos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs), com 601 profissionais atuando nessas regiões
“Mais uma vez, o Mais Médicos está cumprindo seu papel de prover profissionais para as áreas mais remotas e de maior vulnerabilidade, ao mesmo tempo em que possibilita ofertas de formação para os médicos, que vão desde a especialização em Medicina de Família e Comunidade até o mestrado e doutorado em Saúde da Família. Isso significa um melhor cuidado para a população e profissionais mais qualificados para a atenção primária à saúde”, destacou o secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Felipe Proenço.
Cadastro Reserva: agilidade na reposição de vagas
Em março deste ano, o Ministério da Saúde lançou um novo chamamento público para adesão e renovação de vagas por parte dos municípios e do Distrito Federal no programa, com uma importante novidade: a possibilidade de cadastro reserva.
Ao todo, 2.450 municípios e 8 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs) que já haviam preenchido vagas por meio de editais anteriores puderam ingressar no cadastro reserva. Esse mecanismo oferece flexibilidade e agilidade na reposição de profissionais, permitindo que municípios e DSEIs atendam rapidamente à demanda por médicos assim que a necessidade for identificada.