Na 78ª Assembleia Mundial da Saúde, em Genebra, na Suíça que ocorreu na última segunda-feira, 19, a A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que participa da reunião como parte da comitiva brasileira, foi homenageada pelo diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom,
O diretor comentou que a instituição brasileira participa, desde 2023, do Hub para Inteligência Pandêmica e Epidêmica da OMS, sediado na Alemanha. "Gostaria de agradecer especialmente à Fundação Oswaldo Cruz, que lidera um desses consórcios. Agradeço à Fiocruz pela parceria e ofereço meus calorosos parabéns pelo seu 125º aniversário", afirmou Adhanom.
Ele também informou que o Projeto de Pesquisa e Desenvolvimento para Epidemias e Pandemias, gerenciado pelos Consórcios Colaborativos de Acesso Aberto, incluem 12 famílias de patógenos e mais 5 mil cientistas. O presidente da Fiocruz, Mario Moreira comenotu sobre a homenagem e disse estar honrado
"Ele demonstrou um grau surpreendente de conhecimento sobre a Fiocruz, inclusive remontando à sua experiência com a fundação na época em que atuou como ministro de Saúde da Etiópia. Este reconhecimento, expresso diante de todos os ministros da saúde presentes à Assembleia, valoriza ainda mais o papel da Fiocruz na saúde global”, afirmou Moreira.
Com o tema "Um Mundo pela Saúde", a reunião vai até dia 27 de maio, com discussões entre os países-membros da OMS sobre emergências sanitárias, financiamento e preparação para pandemias, além de diversos eventos paralelos com temas diversos relevantes para a saúde global.
Apoio
Em relação à pandemia e outras emergências sanitárias, S Tedros ressaltou que a OMS apoia as nações em sua força de vigilância genômica. "Por meio do nosso Centro de Inteligência de Pandemias e Epidemias em Berlim, a Rede Internacional de Vigilância de Patógenos agora conecta 350 organizações em 100 países", afirmou.
Alexandre Padilha, ministro da Saúde, reforçou o apoio do governo brasileiro à OMS e também comentou sobre a importância do multilateralismo na resolução dos desafios de saúde global, como as mudanças climáticas e pandemias. “A maior lição, dessa última década é que nenhum país sozinho cuidará da saúde de seu povo. Como o presidente Lula diz, nenhum presidente foi eleito xerife do mundo. Nós reiteramos nosso apoio ao multilateralismo. O Brasil diz sim à OMS”, disse Padilha. “A missão dessa década é que precisamos mais OMS e não menos”.
A 78ª Assembleia Mundial da Saúde também marca o início das comemorações pelos 125 anos da Fiocruz, celebrados no próximo dia 25. A abertura das celebrações ocorrerá com uma cerimônia nesta terça-feira (20), apoiada por parceiros históricos como a Rede Pasteur, a UN Foundation e a Unitaid, e contará com a presença de autoridades nacionais e internacionais. A atividade integra a programação de eventos paralelos no contexto do encontro em Genebra.
De acordo com Mario Moreira, a Fiocruz leva à Assembleia uma sólida trajetória em cooperação internacional, que impulsionará novas oportunidades de diálogo e construção de alianças. “É uma grande alegria participar do evento e representar o Sistema Único de Saúde (SUS) justamente quando a Fiocruz alcança seus 125 anos de existência.”