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Ex-ministro pede doações em Pix para Bolsonaro

Gilson Machado afirma que gastos são para manter Eduardo Bolsonaro nos EUA

 

O ex-ministro do Turismo, Gilson Machado, está pedindo doações em suas redes sociais para o Pix do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Gilson afirma que o ex-chefe do Executivo já gastou aproximadamente R$ 8 milhões para manter o filho,  Eduardo Bolsonaro, que está morando nos Estados Unidos. 

Parte dos R$ 17,2 milhões arrecadados por Bolsonaro em vaquinha há dois anos está sendo utilizada para cobrir despesas de seu filho, que reside nos Estados Unidos desde março. Essa justificativa tem sido apresentada pelo ex-presidente. Gilson recentemente utilizou as redes sociais para divulgar novamente o PIX da campanha e solicitar novas doações. A informação é do Globo.

“Agora aumentou a despesa dele. Vi ele preocupado com alguns números ontem, porque está tendo Eduardo Bolsonaro lá nos Estados Unidos, que ele está ajudando também, não está barato morar nos Estados Unidos” declarou Machado.

Bolsonaro também informou na semana passada que  já havia declarado pagar as contas do filho com o valor do PIX das arrecadações. 

“Eu estou bancando as despesas dele agora. Se não fosse o PIX, eu não teria como bancar essa despesa, ele está sem salário e fazendo o seu trabalho de interlocução com autoridades no exterior. O que queremos é garantir a nossa democracia, não queremos um judiciário parcial. Ele resolveu ficar por lá, nós conversamos quase todos os dias, mas são diálogos reservados. Quero que ele dispute o Senado em 2026, mas precisamos que os ventos mudem. Ainda não sei se ele retorna da licença, estamos na metade do prazo de 120 dias. Eu não quero ficar longe do meu filho, um afastamento familiar” disse o ex-presidente.

Adicionalmente ao montante obtido na arrecadação de 2023, o salário de Bolsonaro girava em torno de R$ 100 mil, composto por duas aposentadorias (R$ 46 mil da Câmara dos Deputados e R$ 11 mil do Exército, dados de 2023) e um salário de R$ 41 mil como presidente de honra do PL (informação da Globo).

Em vídeo, Gilson Machado mencionou "despesas jurídicas". A declaração ocorre em meio ao processo no STF em que Bolsonaro é réu, sob suspeita de envolvimento em uma conspiração golpista contra a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

 “Vocês não têm noção da nossa preocupação com as despesas, centenas e diga-se de passagem de várias origens. Em apenas um ano foram gastos em torno de R$ 8 milhões” disse o ex-ministro.

Bolsonaro é acusado pela PGR de liderar uma organização criminosa armada e de tentar abolir violentamente o Estado Democrático de Direito, caracterizando golpe de estado, dano qualificado contra o patrimônio público com violência e grave ameaça, além de deterioração de patrimônio tombado. O processo tramita no Supremo Tribunal Federal.

Núcleo 1

A Primeira Turma do STF aceitou, por unanimidade em 26 de março, a denúncia contra os oito réus que compõem o núcleo 1, considerado o "núcleo crucial" do golpe. São eles:

  • Jair Bolsonaro, ex-presidente da República;
  • Walter Braga Netto, general de Exército, ex-ministro e vice de Bolsonaro na chapa das eleições de 2022;
  • General Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional;
  • Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência - Abin;
  • Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança do Distrito Federal;
  • Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;
  • Paulo Sérgio Nogueira, general do Exército e ex-ministro da Defesa;
  • Mauro Cid, delator e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

Assista vídeo

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