Celebrado neste domingo (11), o Dia das Mães é uma das datas mais procuradas no quesito compras por todo o comércio do país. Movimentando milhões de reais conforme o Índice Cielo do Varejo Ampliado, as vendas aumentaram 6,8% em 2024, em comparação com 2023. 

Golpistas surgem quando enxergam um grande volume de vendas. E diante deste cenário, a Associação Brasileira de Bancos (ABBC) lançou a campanha “Tem Cara de Golpe”, onde destaca as fraudes mais comuns praticadas pelos estelionatários e com orientações para a segurança das compras. 

Uma dica para se atentar é que os consumidores ativem os mecanismos de segurança em seus dispositivos, como a autenticação em duas etapas, a proteção de aplicativos bancários e o bloqueio remoto. É muito importante também que os consumidores não compartilhem senhas ou dados pessoais em ligações ou mensagens de origens duvidosas. 

Cair em golpes infelizmente vem se tornando algo comum. Por isso, se vir a acontecer o consumidor deve avisar logo em seguida o banco ou a operadora de cartão pelos canais oficiais, além de registrar um boletim de ocorrência. 

Informe a operadora de telefonia em caso de smartphone roubado, perdido ou furtado. Também é recomendado bloquear completamente o dispositivo, evitando o uso indevido dos aplicativos financeiros. 

“Golpistas exploram os momentos em que estamos mais vulneráveis, e o Dia das Mães, com toda a sua carga emocional, é um deles. Um presente inesperado ou uma mensagem fora do comum pode ser o início de uma fraude. Basta um clique”, alerta Leandro Vilain, CEO da ABBC. 

Principais golpes aplicados no Dia das Mães 

Durante o Dia das Mães, é comum um aumento nas tentativas de fraude. Confira os golpes mais frequentes e saiba como se proteger: 

Golpe do brinde com maquininha adulterada 

Criminosos se apresentam como entregadores de brindes ou presentes supostamente enviados por lojas de roupas, perfumarias ou supermercados, afirmando que a vítima foi contemplada com uma lembrança especial para a data. 
Ao realizar a entrega, pedem o pagamento de uma taxa simbólica, que só pode ser feita via cartão. Nesse momento, utilizam maquininhas com o visor danificado ou ilegível, fazendo com que a vítima autorize, sem perceber, um valor muito maior. 
Outra estratégia usada é solicitar uma selfie para "comprovar o recebimento" — imagem que pode ser utilizada para acessar contas bancárias, efetuar transações ou até abrir contas em nome da vítima. 

Golpe do e-commerce falso 

Nesta modalidade, sites falsos ou páginas clonadas de lojas conhecidas são criados para oferecer descontos atraentes. Com a promessa de promoções imperdíveis, os criminosos induzem o consumidor a realizar o pagamento, geralmente via Pix ou boleto bancário. 
Após a transação, o produto nunca chega e os dados do comprador podem ser usados em fraudes. 
Para evitar esse tipo de golpe, sempre pesquise a reputação do site, verifique se há certificação de segurança e prefira digitar o endereço da loja diretamente no navegador. Ao pagar boletos, confira atentamente as informações do beneficiário. 

Falsa central de atendimento 

Nesse golpe, os estelionatários entram em contato fingindo ser representantes de bancos ou operadoras de cartão de crédito. Alegam que houve uma tentativa de compra suspeita e solicitam confirmação de dados. 
Com as informações fornecidas, conseguem acessar contas bancárias, fazer transferências e compras. 
Lembre-se: bancos jamais pedem senhas, códigos de segurança ou dados completos do cartão por telefone. Em caso de dúvida, entre em contato diretamente com a central oficial da instituição. 

Golpe por SMS com links fraudulentos 

Mensagens de texto com tom de urgência, como “resgate seus pontos do cartão”, “promoção exclusiva” ou “compra aprovada, clique para cancelar” são comuns. Ao clicar, a vítima é levada a páginas falsas, parecidas com as de bancos ou lojas reais. 
Esses sites pedem dados pessoais e bancários, como CPF, número do cartão, senha e até uma selfie. Com essas informações, os criminosos conseguem causar grandes prejuízos financeiros.  

Desconfie sempre. Em caso de mensagens suspeitas, procure seu gerente ou a central de atendimento oficial do banco.