Nesta terça-feira (13), a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, que a estatal está determinada a “entregar resultados sólidos e pujantes para a sociedade brasileira”, ao comentar o anúncio feito nesta segunda-feira (12) sobre o lucro líquido de R$ 35 bilhões (US$ 6 bilhões) da empresa neste primeiro trimestre de 2025.
Segundo a executiva, o lucro seria de US$ 4 bilhões se não houvesse a valorização cambial que adicionou US$ 2 bilhões ao resultado.
“Entregamos um resultado melhor do que ano passado, com um preço do petróleo bastante pior. Os resultados financeiros e operacionais evidenciam a capacidade técnica da Petrobras”, disse.
Ela acrescentou que o campo de pré-sal de Búzios vai produzir mais do que muito país produtor e talvez chegue a 2 milhões de barris por dia.
Os investimentos da Petrobras atingiram a marca de R$ 23,7 bilhões (equivalentes a US$ 4,1 bilhões), com foco principal em projetos no pré-sal, especialmente nos campos de Búzios e Atapu, localizados na Bacia de Santos, ao largo da costa do Rio de Janeiro.
A estatal vai pagar R$ 11,72 bilhões aos seus acionistas, como parte dos lucros esperados para 2025. A decisão foi aprovada pelo Conselho de Administração da empresa.
Setor Petrolífero
Quando citado o lucro da Petrobras, o coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar, disse que o crescimento de 33,6% nos investimentos totais da Petrobras no primeiro trimestre deste ano em comparação com igual período do ano passado, que passaram de US$ 3 bilhões para US$ 4 bilhões, mostra o interesse da companhia em buscar novas áreas para explorar, manter sua produção em um bom nível e melhorar cada vez mais sua eficiência nas operações.
“No entanto, é preciso avançar também em investimentos em novas rotas tecnológicas de baixo carbono, quesitos estratégicos que ficaram a desejar, visto que as inversões em gás e energia de baixo carbono caíram 48,9% nos últimos 12 meses”, disse o sindicalista.
Ele alertou para a necessidade de mudanças urgentes na política de distribuição de dividendos da empresa. “Se por um lado é essencial que a companhia avance no sentido de sua eficiência operacional e geração de valor, a manutenção na distribuição de vultosos dividendos pode representar um risco para a garantia de investimentos de longo prazo necessários, em especial na transição energética, ou ainda para enfrentar a volatilidade de uma geopolítica global em transformação”, avaliou Bacelar.
Com informação Agência Brasil