A Polícia Federal realizou, nesta quarta-feira, 12, uma megaoperação de repressão a crimes cibernéticos envolvendo abuso sexual infantil. A ação, que aconteceu simultaneamente em 22 estados, teve como foco a identificação e prisão de indivíduos suspeitos de armazenar, compartilhar e produzir conteúdo ilegal envolvendo crianças e adolescentes. No Pará, agentes cumpriram um mandado de busca e apreensão em Ananindeua, onde foram recolhidos dispositivos eletrônicos para perícia.

A operação, denominada "Proteção Integral", contou com a participação de cerca de 340 policiais federais em todo o Brasil. No total, foram expedidos 78 mandados, incluindo 72 de busca e apreensão e seis de prisão preventiva. Até as 9h30 da manhã, ao menos 24 pessoas já haviam sido presas em flagrante por posse e compartilhamento de material ilícito.

No Pará, a ação resultou na apreensão de computadores e celulares na residência de um suspeito. Apesar do cumprimento do mandado, não houve prisão em flagrante no estado. Os dispositivos serão encaminhados para análise pericial, com o objetivo de identificar possíveis conexões com redes criminosas de exploração infantil.

A Polícia Federal reforçou que a operação segue os princípios do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que garante a proteção integral de menores de idade. Além disso, a Constituição Federal estabelece a prioridade absoluta na defesa dos direitos das crianças e adolescentes, o que motiva a repressão rigorosa desse tipo de crime.

Os investigadores alertam para a necessidade de vigilância constante por parte de pais e responsáveis, já que muitos dos crimes ocorrem em ambientes digitais. A PF recomenda que adultos monitorem o uso da internet por crianças e adolescentes, evitando o contato com criminosos e garantindo sua segurança.

A operação "Proteção Integral" demonstra o compromisso das autoridades com o combate ao abuso infantil na internet, reforçando a importância da denúncia e da conscientização para enfrentar esse tipo de crime.